28/09/2021

Entidades sindicais e funcionários do BB propõem cautela no retorno ao trabalho presencial



Representantes dos funcionários do Banco do Brasil se reuniram na segunda-feira (27) com a Diretoria de Pessoas (Dipes) para discutir o comunicado unilateral divulgado pelo banco sobre o retorno voluntário ao trabalho presencial. Ficou acertado um encontro entre a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e o banco para debater a pauta apresentada.

Na reunião, foi discutida a falta de informações sobre os protocolos no local de trabalho, entre outros assuntos que vem preocupando os bancários do BB. Foi debatido, ainda, o retorno ao trabalho dos funcionários que não são pertencentes ao grupo de risco.

Os funcionários criticaram a falta de informações sobre os protocolos de proteção à Covid-19 no local de trabalho. Durante a reunião, foi destacada a importância de o banco abrir negociação com os representantes dos trabalhadores.

“Reforçamos a importância do não retorno ao trabalho presencial de bancários de grupo de risco e dos funcionários que ainda não completaram o sistema vacinal”, destacou Fernanda Lopes, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o BB.

Os dirigentes registraram os incômodos e inconvenientes que a medida gerou entre os trabalhadores. Ao mesmo tempo, comunicaram as ausências de protocolos de segurança adequados à nova situação que foram verificados pelos dirigentes sindicais nas visitas aos locais de trabalho ao longo da semana passada e nesta segunda-feira.

De acordo com pesquisa realizada pelo Dieese, entre os bancários que ficaram em teletrabalho, 77% não apresentaram diagnóstico positivo de Convid-19, contra 23% contagiados. “Os dados mostram que estávamos certos quando reivindicamos, logo no início da pandemia, o home office. E avaliamos que o retorno neste momento, sem negociação com os trabalhadores sobre os protocolos de segurança não encontra respaldo nem em argumentos sanitários. A prioridade agora deveria ser não aumentar a circulação do vírus”, ressaltou o presidente do Sindicato, Roberto Vicentim.

O Sindicato orienta aos bancários e bancárias que entrem em contato com a entidade e denunciem caso se sintam pressionados para voltar ao trabalho presencial. Nesse sentido, o que há oficialmente publicado nos comunicados internos do banco é que a volta ao presencial só pode ser feita por convite e de forma voluntária. Algo diferente disso, o trabalhador deve se recusar a fazer. As denúncias podem ser feitas através da ferramenta Denuncie no site do Sindicato, pelo telefone (17) 3522-2409 ou pelo WhatsApp (17) 99259-1987. O sigilo das informações é garantido!
Fonte: Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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