24/02/2021
Governo Bolsonaro quer fechar agências e demitir funcionários do Banco do Brasil

A diretoria do Banco do Brasil, nomeada pelo presidente Bolsonaro, quer demitir 5 mil funcionários e fechar 112 agências, 242 postos de atendimento e 7 escritórios de trabalho do banco. Isso significa que a população terá que se deslocar por longas distâncias, muitas vezes para outra cidade, para encontrar uma agência. E quando encontrar, terá que enfrentar mais filas e mais aglomerações. Em plena pandemia!
“Além disso, haverá menos gente trabalhando e sobrecarga de trabalho para os funcionários que permanecerem. Ou seja, mais tempo de espera para os clientes”, criticou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “O governo precariza o serviço e, muitas vezes, os clientes reclamam dos funcionários. Mas, os verdadeiros culpados são outros, estão sentados nas cadeiras de Presidente da República e de ministro da Economia”, observou.
Fim da função de caixa
O banco também quer acabar com a função de caixa. Neste caso, quem fará esse serviço é alguém que terá que fazer outras coisas na agência, além de ser caixa. “E, claro, o banco quer reduzir os salários destes funcionários. Porque, para esse ‘povo’, que ganha acima de dois, ou até três dígitos, os funcionários, que ralam o dia todo, ganham muito”, disse o coordenador da CEBB.
“A reestruturação do Banco do Brasil, assim como de outras empresas públicas, é péssima para os funcionários, que ficarão sobrecarregados, vão receber menos e isso pode levá-los ao adoecimento. Mas, é pior ainda para a população, que paga tarifas caras por um serviço público, mas receberá um serviço de pior qualidade. Mas, repito, os culpados não são os funcionários”, disse Fukunaga.
Liminar impede BB de extinguir função de caixa
O banco só não acabou com a função de caixa nem reduziu os salários dos funcionários porque a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) conseguiu uma liminar da Justiça impedindo o fim da função de caixa e a perda da gratificação de função, com a consequente queda de renda.
“Conseguimos resguardar a função de caixa com uma decisão liminar. Mas, temos que manter a mobilização para acabar de vez com esse risco e também a luta contra a privatização do banco. Porque o governo já disse que interessa a privatização e já tem projeto no Congresso Nacional para que o BB seja incluído no Programa de Desestatização”, afirmou a secretária de Juventude e representante da Contraf-CUT na CEBB, Fernanda Lopes. “E os colegas de outras funções precisam apoiar a luta e lembrar que hoje são caixas, mas amanhã pode ser eles. Além do mais, a privatização atinge a todos!” concluiu a dirigente da Contraf-CUT
Números do desmonte
- Desativação de 361 unidades, sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento (PA)
- Conversão de 243 agências em PA
- Transformação de 145 unidades de negócios em Lojas BB, sem a oferta de guichês de caixa
- Demissão de 5 mil funcionários
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