28/01/2021

Contra desmonte e ataques, bancários e bancárias do Banco do Brasil vão parar nesta sexta-feira (29)



Com a maioria dos votos favoráveis, os bancários da ativa do Banco do Brasil, da base do Sindicato, aprovaram em assembleia virtual a realização de paralisação por prazo determinado, das 00h às 23h59 de sexta-feira (29). A paralisação é contra a reestruturação anunciada recentemente pela direção do banco, que prevê fechamento de centenas de unidades, desligamento de milhares de trabalhadores, descomissionamento de funções e a extinção do cargo de caixa.

"A direção do BB tenta vender a ideia de que os funcionários sairão ganhando com as mudanças impostas de forma unilateral, sem qualquer negociação com as entidades representativas. Uma grande enganação, facilmente desmascarada quando analisadas as medidas que vão além de um programa de demissão voluntária, mas também reduzem valores referentes à remuneração para os que ficarem. É evidente que o banco quer reduzir a massa salarial e, consequentemente, os direitos da categoria", alerta o diretor do Sindicato, Luiz Eduardo Campolungo.

No passado, situação semelhante ocorreu com os assistentes, que não tiveram o apoio dos demais funcionários para lutar por seus direitos. Hoje, os mais atingidos serão os caixas e, mais cedo ou mais tarde, todas as funções sentirão os prejuízos desse desmonte. Não fique alheio a essa luta, que deve ser de todos os trabalhadores bancários.

O Sindicato reconhece o grave momento da pandemia de coronavírus. Portanto, não será possível a realização de determinadas atividades em todos os locais e muito menos aglomerações. O Sindicato está preparado para dar o suporte necessário para a paralisação, mas a adesão deve ser voluntária e responsável, sempre com a utilização de máscaras e respeitando o distanciamento social. Também estão programadas, para o dia da paralisação, ações nas redes sociais. 

"O único caminho possível para barrar tantos retrocessos é a mobilização. Participe junto aos seus colegas das paralisações, lives e das demais atividades nas redes sociais. Diga NÃO à reestruturação do Banco do Brasil! É preciso deixar o individualismo de lado e mostrar nossa força e unidade desde já. Só a luta nos garante e juntos somos mais fortes!", ressalta o diretor.

“Os sindicatos têm passado nas agências, levando faixas e conversando com os bancários, para que a gente faça uma grande mobilização no dia de amanhã, contra essa reestruturação. Só assim iremos forçar o banco a negociar” diz o coordenador nacional da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.
 
Para João Fukunaga, a paralisação desta sexta acontece em um momento grave do país, que vive o impacto da segunda onda da pandemia. “É uma luta de dentro do BB para fora, para a população. É uma luta para preservação da vida das pessoas, de quem é grupo de risco. Estamos convocando o pessoal que está em home office a não bater o ponto, para fazermos uma grande mobilização. Essa é uma greve de dentro para fora, por conta, inclusive, da pandemia, da grande parte dos funcionários estarem em home office”, explica o coordenador da CEBB.

Lucros

Outro ponto destacado por Fukunaga é que, para a direção do BB, a demissão de milhares de funcionários e o desmonte do banco é feito para ampliar os lucros aos acionistas. Na segunda-feira (25), a direção do banco anunciou sua distribuição de dividendos em 2021, em documento enviado ao mercado. De acordo com o documento, o percentual do lucro pago aos acionistas (payout) será de 40%. Sobre o resultado de 2020, o BB aprovou um payout de 35,29%.

“Para a direção do banco, o que vale nessa reestruturação, com a desestruturação de famílias, retirada de comissão, forçando as pessoas a saírem no PDV é o pagamento dos acionistas. É para isso que está sendo feita essa reestruturação. Com isso, a gente vê o quanto o funcionário vale para o banco”, completou.

 
Fonte: Reconta Aí, com informações da Contraf-CUT e edição de Seeb Catanduva

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