06/09/2019
Direção da Caixa fecha superintendências e sabota atendimento e papel social do banco
Prédio da Superintendência Pinheiros, que foi extinta pela atual gestão da Caixa
(Foto: Seeb-SP)
Sem qualquer consulta aos representantes dos trabalhadores e sem sequer avisar o RH do banco, a direção da Caixa extinguiu três superintendências no país, sendo uma em Belo Horizonte (BH Norte) e duas em São Paulo (SR Pinheiros e SR Ipiranga).
Os trabalhadores serão descomissionados pelo motivo 12 (extinção da unidade). A gestão dessas superintendências regionais dão suporte operacional às agências.
“É uma gestão confusa que acabou de promover superintendentes, fez processo de revalida, para depois extinguir superintendências. É uma irresponsabilidade da Caixa extinguir as atividades dessas superintendências a poucos dias do início dos saques do FGTS, operação que pretende atingir 96 milhões de trabalhadores, segundo dados da própria Caixa”, protesta Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa.
Na sexta-feira 6, às 8h, será realizada reunião entre entidades representativas dos trabalhadores e representantes do banco na Superintendência (Sure). “Nós estamos cobrando a garantia da função desses trabalhadores e a manutenção dessas superintendências”, enfatiza Dionísio.
Quem tiver mais de 10 anos de função terá a incorporação de função garantida por conta de liminar, que assegura esse direito.
“Com o fechamento dessas SRs teremos a diminuição no contato da gestão com as agências justo em São Paulo, onde os problemas de atendimento têm sido mais graves. Essa medida executada apenas uma semana antes do começo dos saques do FGTS tem aparência de sabotagem”, afirma Dionísio.
Além disso, essas superintendências são responsáveis pela venda de produtos e pela concorrência com os bancos privados. “As regiões de Belo Horizonte e São Paulo tem maior concorrência com os bancos privados. A extinção dessas superintendências é uma sabotagem contra uma função importante da Caixa, que é regular o mercado de crédito através da concorrência com os bancos privados. Fragilizando a Caixa nessa concorrência, os bancos privados terão mais liberdade para operarem com o custo de crédito que eles quiserem”, alerta Dionísio.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Inscrições encerradas para o 2º Torneio de Game da Contraf-CUT
- Movimento sindical discute enfrentamento da violência de gênero no mundo do trabalho
- Santander é condenado por mais uma tentativa de fraude trabalhista
- Live de Fim de Ano do Sindicato premia bancários associados
- Bradesco anuncia antecipação de vales refeição e alimentação
- Perda de direitos: reforma trabalhista se aplica a contratos anteriores à lei, decide TST
- Seminário “Discutindo o passado e construindo propostas contra o racismo" será nesta quarta (27), às 18h
- Mesmo demitindo e adoecendo bancários, bancos recebem quase R$ 200 milhões em incentivos fiscais
- TST julga nesta segunda-feira (25) a aplicação retroativa da reforma trabalhista e gratuidade de Justiça
- Funcef: Adequação da meta atuarial pode aumentar o benefício dos participantes que aderiram ao PDV, caso o benefício seja requerido a partir de janeiro
- Caixa adia negociação sobre caixas e tesoureiros para o dia 2 de dezembro
- Ao longo de toda a vida, negros recebem R$ 900 mil a menos que não negros no Brasil
- CGU demite ex-vice-presidente da Caixa por assédio; Sindicato reforça compromisso no combate a esse tipo de conduta
- Eleição da ANABB termina hoje (22). Confira os candidatos apoiados pelo Sindicato e Contraf-CUT
- Vitória da construção: G20 histórico abraça pautas do G20 Social