26/07/2019

Entidades cobram explicações sobre pagamento do FGTS e cancelamento do PDV



 
A direção da Caixa Econômica Federal comunicou aos seus empregados que vai abrir agências nos finais de semana nos próximos seis meses, para operacionalizar os saques do FGTS. A medida, adotada unilateralmente, foi anunciada por meio de videoconferências aos gestores das unidades na quinta-feira (25). Além disso, o banco decidiu cancelar o Plano de Demissão Voluntária (PDV) que estava em andamento, sem explicar como ficará a situação das pessoas que aderiram.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf-CUT), com assessoria da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa),  enviou ofício à Caixa Econômica Federal solicitando explicações sobre a proposta de abertura de agências aos sábados e domingos e exigindo respeito aos empregados do banco. 

“É um absurdo esta declaração. Os trabalhadores já estão sobrecarregados pela falta de empregados e tem apenas o final de semana para descansar. Essa medida, que já não irá resolver as questões econômicas, ainda prejudica a saúde dos empregados”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da CEE/Caixa.

Além de condições de trabalho adequadas, uma das grandes preocupações é a segurança. “Uma unidade superlotada não é segura nem para empregados e nem para clientes”, lembra Dionísio. O coordenador da CEE vê essa operação, diante do processo de desmonte que é imposto na Caixa pelo governo federal, como uma grande armadilha contra o banco público.

“É um absurdo a forma como foi feito o anúncio, gerando apreensão e dúvidas nos empregados, sem dar qualquer detalhe de como essa operação vai funcionar. Sabemos apenas que acontecerá por 6 meses, tempo muito superior aos 2 meses da operação para os saques de contas inativas do FGTS em 2017. Cobramos do banco esclarecimentos com urgência. A Caixa vai desrespeitar a lei e Acordo Coletivo de Trabalho?”, enfatiza Dionísio Reis.

O Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, representado pela Contraf-CUT, está atento as medidas anunciadas pela Caixa e entende as decisões como um ataque aos direitos dos trabalhadores. "Cobramos explicações da direção do banco e permaneceremos mobilizados para assegurar os direitos da categoria", destaca o diretor do Sindicato Antônio Júlio Gonçalves Neto. 

PDV
 
Outra questão é o cancelamento do PDV. Além de ser considerado um desrespeito aos trabalhadores que já aderiram ao programa, a medida demonstra como a Caixa necessita de mais funcionários. Nos últimos três anos, a Caixa perdeu quase 17 mil postos de trabalho.

O movimento sindical defende a contratação de mais trabalhadores para melhorar as condições de trabalho na Caixa e que os direitos sejam respeitados.
Fonte: Fenae e Contraf-CUT, com edição de Seeb Catanduva

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