No "ano do atendimento", Banco do Brasil decide não receber mais impostos nos caixas

O Banco do Brasil anunciou que os caixas das agências não receberão mais taxas, multas, impostos municipais e guia da dívida ativa da prefeitura a partir de 3 de julho. O pagamento desses encargos só poderá ser efetuado nos canais de autoatendimento, como caixas eletrônicos e internet banking.
A decisão se deu justamente quando a própria instituição denominou 2017 como o ano do atendimento. “A novidade soma-se a outras medidas que atestam que a direção do banco não dá a menor importância para os clientes e bancários”, critica a dirigente sindical Silvia Muto, que destaca o fechamento de mais de 400 agências e a eliminação de 10 mil postos de trabalho.
A medida também é prejudicial aos funcionários, porque reduz significativamente as autenticações realizadas pelos caixas, ajudando a justificar a tese do banco de que a função de caixa é obsoleta no sistema financeiro.
Para Roberto Carlos Vicentim, presidente do Sindicato dos Bancários de Catanduva e Região, a mudança discriminará população que não é correntista da instituição e ajuda a reforçar a tese de que a função de caixa é desnecessária.
“Essa medida prejudicará consideravelmente a população que não tem acesso aos canais virtuais ou aos caixas de autoatendimento. O BB é um banco público, que deve manter seu caráter social por meio do atendimento à população sem nenhum tipo de discriminação ou seletividade. Receber impostos é uma função pública e não há nenhum sentido na instituição deixar de fazê-lo".
Em meio ao processo de encolhimento do banco público, o movimento sindical conseguiu a efetivação de cerca de 600 caixas de todo país, que estavam em esquema de substituição a mais de 90 dias.
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