Sindicato faz protesto por demissão no Itaú no Centro de Catanduva
A política do Itaú de atender parte de seus clientes por meio de agências digitais pode levar à demissão de até 30 mil funcionários em dez anos. A instituição pretende cortar 50% de suas atuais quatro mil agências físicas – que o banco chama de 'agência tijolo' – na próxima década. Para os próximos três anos, a estratégia é cortar 15% do total de agências do País. O anúncio foi feito pelo executivo Marco Bonomi, diretor responsável pela área de Varejo do banco, durante reunião com acionistas.
Na região de Catanduva, a política de cortes também está em andamento. Devido a uma demissão efetivada na semana passada, dirigentes do Sindicato fizeram protesto com o mote "It@ú - Feito para Demitir", na manhã desta terça-feira (16), em frente à agência da Praça da República, no Centro de Catanduva. "O banco está cortando funcionário, de forma sistemática e injustificável, nas agências da região", critica Carlos Alberto Moretto, diretor do Sindicato.
Atualmente, o banco presidido por Roberto Setubal tem 90 mil funcionários no total, sendo 60 mil trabalhando em agências. Bonomi alega que o banco de tijolos fica aberto das 10 às 16 horas, gerando, com isso, diversos custos, ao passo que o cliente com perfil mais digital faz transações online antes de sair do trabalho ou à noite, depois de chegar em casa. O conceito da agência digital, entretanto, vai além das transações online: envolve o relacionamento virtual entre o cliente e seu gerente.
As agências digitais começaram a ser abertas há dois anos para clientes do Itaú Personnalité, para os quais o banco exige um saldo mínimo de investimentos de R$ 100 mil. Hoje, o banco está estendendo a proposta digital ao Uniclass, onde espera atender 1,5 milhão de clientes em agências digitais até o fim de 2016.
Ao comentar a possibilidade de demissões, o Itaú ressaltou "a mudança de comportamento do consumidor (perfil mais digital)" e disse que isso teria levado à estratégia da instituição. A assessoria de imprensa informa, por exemplo, que no novo formato de relacionamento com clientes "tem pessoas por trás atendendo de 7h às 24h", mas também não esclarece quantos funcionários trabalham em uma agência digital, nem se os funcionários das agências físicas serão realocados para as novas áreas.
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