23/05/2023
Governo quer mudanças na modalidade saque-aniversário do FGTS
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, quer propor ao Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) a suspensão da antecipação do saque-aniversário – modalidade de retirada de recursos da conta do Fundo. O Conselho é composto por representantes dos trabalhadores, das empresas e do governo federal.
O saque-aniversário foi instituído pela Lei 13.932/19 e permite ao trabalhador realizar o saque de parte do saldo de sua conta (de 5% a 50%) todos os anos, no mês de seu aniversário. Esta possibilidade permanece inalterada, conforme proposta de Marinho revelada ao jornal O Globo. O que o ministro pretende encerrar é a antecipação do saque desta modalidade - uma forma de empréstimo que permite a antecipação de até cinco parcelas anuais do saque-aniversário. A operação tem taxa de juros de 1,79% ao mês.
Existe um perigo nesta modalidade, pois caso o trabalhador opte pela antecipação, haverá bloqueio de parte ou total do recurso. Ou seja, a garantia do pagamento da dívida é o próprio saldo da conta, que fica bloqueado para movimentações. Segundo Marinho, essa possibilidade de “alienar” o recurso do trabalhador é um grande problema que pode acabar com o próprio Fundo. “São R$ 504 bilhões na soma dos cotistas do Fundo. Destes, quase R$ 100 bilhões já estão alienados pelos bancos”, disse.
Algumas mudanças podem ser aprovadas junto ao Conselho Curador; já outras, como o fim do impedimento ao trabalhador que aderiu à modalidade de sacar o saldo em caso de demissão, depende de aprovação do Congresso.
Para o Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, a antecipação do saque-aniversário e outras excessivas modalidades de retiradas ameaçam a sustentabilidade do Fundo, além de impactar investimentos em habitação, infraestrutura e saneamento básico, financiados por recursos do Fundo. Somente no saque-aniversário, o montante de retiradas até março de 2023 foi de R$ 38,6 bilhões.
“Além de ser um seguro para o trabalhador no caso de demissão, o FGTS é um dos maiores fundos de investimento em políticas públicas do mundo, que favorece a população com a destinação de recursos para áreas fundamentais como habitação, infraestrutura, saneamento e mobilidade. Essas áreas geram muitos empregos; principalmente, para a população de baixa renda. Com as retiradas, o problema vira um círculo vicioso: ao não se fazer investimentos, não se gera empregos; ao não se gerar empregos, não se recompõe o recurso que está saindo do Fundo de Garantia para fazer investimentos. Então, a preocupação com a sustentabilidade do Fundo a médio e longo prazo é legitima”, acrescenta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
O saque-aniversário foi instituído pela Lei 13.932/19 e permite ao trabalhador realizar o saque de parte do saldo de sua conta (de 5% a 50%) todos os anos, no mês de seu aniversário. Esta possibilidade permanece inalterada, conforme proposta de Marinho revelada ao jornal O Globo. O que o ministro pretende encerrar é a antecipação do saque desta modalidade - uma forma de empréstimo que permite a antecipação de até cinco parcelas anuais do saque-aniversário. A operação tem taxa de juros de 1,79% ao mês.
Existe um perigo nesta modalidade, pois caso o trabalhador opte pela antecipação, haverá bloqueio de parte ou total do recurso. Ou seja, a garantia do pagamento da dívida é o próprio saldo da conta, que fica bloqueado para movimentações. Segundo Marinho, essa possibilidade de “alienar” o recurso do trabalhador é um grande problema que pode acabar com o próprio Fundo. “São R$ 504 bilhões na soma dos cotistas do Fundo. Destes, quase R$ 100 bilhões já estão alienados pelos bancos”, disse.
Algumas mudanças podem ser aprovadas junto ao Conselho Curador; já outras, como o fim do impedimento ao trabalhador que aderiu à modalidade de sacar o saldo em caso de demissão, depende de aprovação do Congresso.
Para o Para o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), Sergio Takemoto, a antecipação do saque-aniversário e outras excessivas modalidades de retiradas ameaçam a sustentabilidade do Fundo, além de impactar investimentos em habitação, infraestrutura e saneamento básico, financiados por recursos do Fundo. Somente no saque-aniversário, o montante de retiradas até março de 2023 foi de R$ 38,6 bilhões.
“Além de ser um seguro para o trabalhador no caso de demissão, o FGTS é um dos maiores fundos de investimento em políticas públicas do mundo, que favorece a população com a destinação de recursos para áreas fundamentais como habitação, infraestrutura, saneamento e mobilidade. Essas áreas geram muitos empregos; principalmente, para a população de baixa renda. Com as retiradas, o problema vira um círculo vicioso: ao não se fazer investimentos, não se gera empregos; ao não se gerar empregos, não se recompõe o recurso que está saindo do Fundo de Garantia para fazer investimentos. Então, a preocupação com a sustentabilidade do Fundo a médio e longo prazo é legitima”, acrescenta o diretor do Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, Antônio Júlio Gonçalves Neto.
SINDICALIZE-SE
MAIS NOTÍCIAS
- Com início do recesso no Congresso, movimento sindical bancário projeta para 2026 atuação nas pautas de interesse dos trabalhadores
- Super Caixa: Ainda dá tempo de assinar o abaixo-assinado da campanha Vendeu/Recebeu
- Justiça indefere pedido do Santander contra decisão da Previc sobre retirada de patrocínio
- Sindicato realiza entrega de doações arrecadadas para a Campanha Natal Solidário, em parceria com o projeto Semear
- CEE cobra mudanças no Super Caixa
- Saiba como será o expediente dos bancos no Natal e no Ano Novo
- O caminho do dinheiro: entenda quem se beneficia com o não pagamento das comissões pela venda de produtos na Caixa
- Aposentados bancários e de diversas categorias da CUT participaram da 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, em Brasília
- Saiba o que é preciso para a redução de jornada sem redução salarial passar a valer
- COE Santander cobra transparência sobre a reorganização do varejo e respeito à representação sindical
- Salário mínimo terá quarto aumento real seguido após superar fase 'menor abandonado'
- Caixa: Empregados apresentam reivindicações para Fabi Uehara
- Coletivo Nacional de Formação faz balanço do ano e propõe agenda para 2026
- Sindicato apoia a Chapa 2 – Movimento pela Saúde na eleição do Conselho de Usuários do Saúde Caixa
- Tentativa de silenciamento ao padre Júlio Lancelotti gera indignação e solidariedade