30/03/2023
Bancos voltam a oferecer crédito consignado após mudança na taxa de juros
Depois de suspenderem por alguns dias a linha de crédito do empréstimo consignado destinada aos aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), alegando não ter condições de utilizar uma taxa de juros de 1,7% ao mês definida pelo Conselho Nacional da Previdência (CNPS), no dia 13 de março, as instituições financeiras voltaram atrás e decidiram retomar os empréstimos após novo reajuste dos juros para 1,97%, apesar de estar abaixo do índice anterior de 2,14%.
Os bancos Santander, Bradesco, Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF) já anunciaram a retomada da linha de crédito do consignado. O Santander retoma a oferta de crédito já a partir desta quarta-feira (29). Tanto o BB como a CEF e o Dacycoval disseram que vão aguardar a publicação da nova taxa no Diário Oficial da União (DOU). A CEF, inclusive, informou, que retomará a linha com taxa média de 1,87% ao mês, abaixo do teto recomendado. A Caixa disse que “reforça seu compromisso de se posicionar entre as melhores taxas de mercado".
O Banco Pan deve retomar a oferta da linha a partir de quinta-feira (30). O Itaú, o C-6, e o Banco Mercantil, segundo a Folha de SP, ainda estão analisando se retomam essa oferta de crédito.
Em nota, a Federação Nacional dos Bancos disse discordar da proposta de teto dos juros do consignado por ser um patamar ainda abaixo dos custos vigentes para parte dos bancos que operam essa linha de crédito.
Números do consignado
Mais de 14 milhões de aposentados e pensionistas INSS buscaram crédito do consignado, em janeiro deste ano, com uma média de valor de R$ 1.576. No total os bancos emprestaram R$ 72 bilhões nos últimos doze meses, segundo dados do Banco Central (BC).
Sete a cada 10 pensionistas e aposentados que utilizam o crédito consignado tem renda mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.604), ainda de acordo com o BC.
Fazendo as contas
À pedido da Folha de SP, a Associação Nacional de Executivos (Anefac) calculou quanto de juros um tomador do empréstimo consignado vai pagar pelo empréstimo com os novos índices aprovados.
Se o tomador do consignado que recebe um salário mínimo do INSS (R$ 1.302) pegar R$ 1.000 emprestados por 1,97% ao mês, por exemplo, vai pagar durante sete anos (84 parcelas) de R$ 24,45.
Decisão do governo
A decisão de reajustar os juros do empréstimo consignado partiu do governo federal para acabar com o impasse, na terça-feira (28). A proposta foi feita em reunião do presidente da República com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Lupi (Previdência), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e com os secretários-executivos da Casa Civil, Miriam Belchior, e da Fazenda, Gabriel Galípolo. No mesmo dia ela foi aprovada pelo CNPS.
Consignados dos aposentados têm o menor risco de inadimplência
Os empréstimos consignados para aposentados e pensionistas tem a menor taxa de inadimplência entre todas as modalidades de crédito pessoal: 2,01%. A maior é do cartão de crédito rotativo que chega a 45,5%.
No entanto, o consignado do INSS tinha uma taxa de juros anual (27,7%) maior do que a oferecida aos servidores públicos (24,4%). No crédito pessoal normal, ou seja, na qual a renda do cliente não é a garantia para pagamento em caso de inadimplência, o juro chega a 84,3% ao ano. No cheque especial, 132%.
Os bancos Santander, Bradesco, Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal (CEF) já anunciaram a retomada da linha de crédito do consignado. O Santander retoma a oferta de crédito já a partir desta quarta-feira (29). Tanto o BB como a CEF e o Dacycoval disseram que vão aguardar a publicação da nova taxa no Diário Oficial da União (DOU). A CEF, inclusive, informou, que retomará a linha com taxa média de 1,87% ao mês, abaixo do teto recomendado. A Caixa disse que “reforça seu compromisso de se posicionar entre as melhores taxas de mercado".
O Banco Pan deve retomar a oferta da linha a partir de quinta-feira (30). O Itaú, o C-6, e o Banco Mercantil, segundo a Folha de SP, ainda estão analisando se retomam essa oferta de crédito.
Em nota, a Federação Nacional dos Bancos disse discordar da proposta de teto dos juros do consignado por ser um patamar ainda abaixo dos custos vigentes para parte dos bancos que operam essa linha de crédito.
Números do consignado
Mais de 14 milhões de aposentados e pensionistas INSS buscaram crédito do consignado, em janeiro deste ano, com uma média de valor de R$ 1.576. No total os bancos emprestaram R$ 72 bilhões nos últimos doze meses, segundo dados do Banco Central (BC).
Sete a cada 10 pensionistas e aposentados que utilizam o crédito consignado tem renda mensal de até dois salários mínimos (R$ 2.604), ainda de acordo com o BC.
Fazendo as contas
À pedido da Folha de SP, a Associação Nacional de Executivos (Anefac) calculou quanto de juros um tomador do empréstimo consignado vai pagar pelo empréstimo com os novos índices aprovados.
Se o tomador do consignado que recebe um salário mínimo do INSS (R$ 1.302) pegar R$ 1.000 emprestados por 1,97% ao mês, por exemplo, vai pagar durante sete anos (84 parcelas) de R$ 24,45.
Decisão do governo
A decisão de reajustar os juros do empréstimo consignado partiu do governo federal para acabar com o impasse, na terça-feira (28). A proposta foi feita em reunião do presidente da República com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Lupi (Previdência), Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e com os secretários-executivos da Casa Civil, Miriam Belchior, e da Fazenda, Gabriel Galípolo. No mesmo dia ela foi aprovada pelo CNPS.
Consignados dos aposentados têm o menor risco de inadimplência
Os empréstimos consignados para aposentados e pensionistas tem a menor taxa de inadimplência entre todas as modalidades de crédito pessoal: 2,01%. A maior é do cartão de crédito rotativo que chega a 45,5%.
No entanto, o consignado do INSS tinha uma taxa de juros anual (27,7%) maior do que a oferecida aos servidores públicos (24,4%). No crédito pessoal normal, ou seja, na qual a renda do cliente não é a garantia para pagamento em caso de inadimplência, o juro chega a 84,3% ao ano. No cheque especial, 132%.
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