21/03/2023
Trabalhadores protestam contra os juros altos em todo o país
As bancárias e os bancários aderiram massivamente às manifestações de ruas em todo o Brasil, convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) para estar terça-feira (21), para exigir a redução da taxa básica de juros (Selic). Definido pelo Banco Central (BC), o índice está em 13,75% ao ano – o mais alto do mundo.
A data foi escolhida pela CUT, demais centrais sindicais e movimentos populares por coincidir com o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), para decidir sobre a taxa básica de juros, Selic. Este é o segundo encontro do comitê após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A reunião vai até quarta-feira (22), quando é anunciada, após o fechamento do mercado, a decisão do grupo.
“Estamos com atos hoje em nove estados e no Distrito Federal, contra essa política do Banco Central de manter a Selic muito alta. Não existe outro país com taxa tão elevada, porque inibe o investimento produtivo e estimula o rentismo. Como estamos, o Brasil continua perdendo emprego e renda. Para mudar a política econômica, tem que mudar o presidente do Banco Central, que está promovendo a recessão. Nós queremos a economia forte, gerando emprego e renda para todos os trabalhadores. Juros altos é sabotagem”, declarou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.
Os atos também reivindicam a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF), órgão que julga processos administrativos de grandes devedores e, em geral, beneficia as empresas sonegadoras porque a maioria dos conselheiros é empresário.
De acordo com o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, os juros altos favorecem apenas os mais ricos, que têm algum dinheiro aplicado no sistema financeiro. “Todo mundo tem um amigo, um parente desempregado, e essa penúria que o trabalhador vem passando tem tudo a ver com os juros altos que impedem as empresas de investir e o próprio governo de promover programas sociais e fazer obras como abrir novas estradas, consertar as que precisam de reparos, entre outras que geram milhares de empregos”.
#JurosBaixosJá
Não foram só as ruas que foram ocupadas para exigir a queda da taxa básica de juros (Selic) praticada pelo BC. Desde as primeiras horas da manhã, várias postagens no Twitter começaram a subir a hashtag #JurosBaixosJá, que alcançou o quarto lugar entre as mais comentadas no Brasil, nesta terça-feira.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, como entidade cidadã, uniu-se a essa grande mobilização, participando das atividades virtuais.
“Campos Neto faz o papel de procurador dos interesses do mercado. Todos nós sabemos que a autonomia do Banco Central foi uma das contrapartidas exigidas pelo mercado ao então ministro Paulo Guedes para apoiar Bolsonaro. Não podemos aceitar passivos que o BC se mantenha numa redoma blindada pelo mercado, ditando os rumos da política monetária do país, enquanto a população fica na condição de refém dessa política, lutando para sobreviver. Os juros altos seguem na contramão da urgente necessidade de crescimento do Brasil", acrescentou o presidente do Sindicato, Roberto Vicentim.
A data foi escolhida pela CUT, demais centrais sindicais e movimentos populares por coincidir com o primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), para decidir sobre a taxa básica de juros, Selic. Este é o segundo encontro do comitê após a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A reunião vai até quarta-feira (22), quando é anunciada, após o fechamento do mercado, a decisão do grupo.
“Estamos com atos hoje em nove estados e no Distrito Federal, contra essa política do Banco Central de manter a Selic muito alta. Não existe outro país com taxa tão elevada, porque inibe o investimento produtivo e estimula o rentismo. Como estamos, o Brasil continua perdendo emprego e renda. Para mudar a política econômica, tem que mudar o presidente do Banco Central, que está promovendo a recessão. Nós queremos a economia forte, gerando emprego e renda para todos os trabalhadores. Juros altos é sabotagem”, declarou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, Juvandia Moreira.
Os atos também reivindicam a democratização do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (CARF), órgão que julga processos administrativos de grandes devedores e, em geral, beneficia as empresas sonegadoras porque a maioria dos conselheiros é empresário.
De acordo com o presidente nacional da CUT, Sérgio Nobre, os juros altos favorecem apenas os mais ricos, que têm algum dinheiro aplicado no sistema financeiro. “Todo mundo tem um amigo, um parente desempregado, e essa penúria que o trabalhador vem passando tem tudo a ver com os juros altos que impedem as empresas de investir e o próprio governo de promover programas sociais e fazer obras como abrir novas estradas, consertar as que precisam de reparos, entre outras que geram milhares de empregos”.
#JurosBaixosJá
Não foram só as ruas que foram ocupadas para exigir a queda da taxa básica de juros (Selic) praticada pelo BC. Desde as primeiras horas da manhã, várias postagens no Twitter começaram a subir a hashtag #JurosBaixosJá, que alcançou o quarto lugar entre as mais comentadas no Brasil, nesta terça-feira.
O Sindicato dos Bancários de Catanduva e região, como entidade cidadã, uniu-se a essa grande mobilização, participando das atividades virtuais.
“Campos Neto faz o papel de procurador dos interesses do mercado. Todos nós sabemos que a autonomia do Banco Central foi uma das contrapartidas exigidas pelo mercado ao então ministro Paulo Guedes para apoiar Bolsonaro. Não podemos aceitar passivos que o BC se mantenha numa redoma blindada pelo mercado, ditando os rumos da política monetária do país, enquanto a população fica na condição de refém dessa política, lutando para sobreviver. Os juros altos seguem na contramão da urgente necessidade de crescimento do Brasil", acrescentou o presidente do Sindicato, Roberto Vicentim.

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