17/01/2023
Responsabilidade econômica e ambiental pautam o Brasil no Fórum Econômico Mundial
Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, participam do encontro anual do Fórum Econômico Mundial que começou na segunda-feira (16), em Davos, na Suíça. Representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que decidiu não participar do encontro para realizar suas primeiras visitas internacionais à Argentina e Uruguai, nos dias 23 e 24, Haddad e Marina levarão a mensagem de que o novo governo brasileiro está comprometido com um novo arcabouço fiscal, que leva em conta a responsabilidade econômica e ambiental.
Em sua 53ª edição, o Fórum Econômico Mundial terá como tema a “Cooperação em Mundo Fragmentado”. Ao todo, são esperados 52 chefes de Estado e de governo e um público estimado em 2,7 mil pessoas de 130 países, até sexta (20), quando termina o evento.
Segundo assessores do governo, os ministros, alinhados com Lula, mostrarão aos participantes que a economia e a sustentabilidade andarão juntas, e que a democracia brasileira está sólida, apesar dos atos terroristas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que, no último dia 8, invadiram e depredaram as sedes dos trêspoderes, em Brasília. Haddad, que participará de dois debates, nesta terça (17) e quarta-feira (18), quer certificar os representantes estrangeiros de que as instituições brasileiras não estão ameaças pelo episódio golpistas.
Agenda dos ministros
O ministro da Fazenda discursará em um primeiro painel, intitulado de “Brasil: um novo roteiro”, previsto para às 4h30 (horário de Brasília). O debate tratará da desaceleração econômica global e dos desafios sobre as demandas domésticas. No dia seguinte, Haddad participará do evento para falar sobre as diversas lideranças na América Latina, das políticas econômicas e do papel global da região, em painel às 11h15 (horário de Brasília).
Já Marina, por sua vez, deve tratar sobretudo da Amazônia, que deixou em alerta as autoridades internacionais ao longo do governo Bolsonaro. Ela foi apresentada pelo fórum com grande destaque e deve assumir o primeiro debate, “Em harmonia com a natureza”, às 14h30, logo após a cerimônia de abertura do Fórum. A ministra volta ao palco na quinta (19), às 13h30 (horário de Brasília), para falar no painel “A Amazônia em uma encruzilhada”. Haddad e Marina também devem participar de uma agenda conjunta na terça, por volta das 9h, e travar conversas com os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do Equador, Guilherme Lasso.
Além da delegação federal, também estarão no encontro os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Helder Barbalho (MDB-PA) e Eduardo Leite (PSDB-RS), empresários e representantes de organizações sociais. Entre elas, o fundador do MapBiomas, Tasso Azevedo, o pesquisador e especialista em meio ambiente Carlos Nobre e a presidente do Instituto Igarapé, Ilona Szabó de Carvalho.
Temor sobre recessão global
O tema desta edição, de acordo com o fórum, em nota, trata de “um incentivo ao diálogo e à cooperação em um momento em que múltiplas crises dividem as sociedades e fragmentam o cenário geopolítico”. “As lideranças precisam lidar com as necessidades imediatas e cruciais da população ao mesmo tempo em que armam as bases para um mundo mais sustentável e resiliente até o fim desta década”, afirma.
Há um forte temor com uma recessão global iminente e com as ameaças ambientas, segundo a organização de Davos. Ela realizou uma pesquisa que aponta que dois terços de economistas-chefes dos setores públicos e privados – 18% –, entrevistados pelo fórum, indicam como “extremamente provável” uma recessão. Mais do que o dobro da pesquisa anterior, realizada em setembro de 2022.
“A atual inflação alta, baixo crescimento, dívida elevada e ambiente de alta fragmentação reduzem os incentivos para os investimentos necessários para voltar ao crescimento e elevar os padrões de vida dos mais vulneráveis do mundo”, disse a diretora executiva do Fórum Econômico Mundial, Saadia Zahidi, em comunicado que acompanha os resultados da pesquisa divulgada nesta segunda.
Fórum Social Mundial
Em paralelo ao encontro em Davos, os movimentos sociais e as centrais sindicais realizam, entre os dias 23 e 28, o Fórum Social Mundial, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Realizado desde 2001 em contraponto à agenda neoliberal e capitalista do Fórum Econômico Mundial, o encontro regional, que reúne também autoridades de todo o mundo, terá como tema “Um outro mundo possível. Democracia, direitos dos povos e do planeta”.
O evento marcará a resistência do povo brasileiro após a posse de Lula e abrirá mais um ano de luta contra o fascismo, o racismo, as desigualdades e o patriarcado. As atividades autogestionadas poderão ser presenciais, híbridas ou virtuais. E as inscrições já estão sendo realizadas neste link.
Em sua 53ª edição, o Fórum Econômico Mundial terá como tema a “Cooperação em Mundo Fragmentado”. Ao todo, são esperados 52 chefes de Estado e de governo e um público estimado em 2,7 mil pessoas de 130 países, até sexta (20), quando termina o evento.
Segundo assessores do governo, os ministros, alinhados com Lula, mostrarão aos participantes que a economia e a sustentabilidade andarão juntas, e que a democracia brasileira está sólida, apesar dos atos terroristas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro que, no último dia 8, invadiram e depredaram as sedes dos trêspoderes, em Brasília. Haddad, que participará de dois debates, nesta terça (17) e quarta-feira (18), quer certificar os representantes estrangeiros de que as instituições brasileiras não estão ameaças pelo episódio golpistas.
Agenda dos ministros
O ministro da Fazenda discursará em um primeiro painel, intitulado de “Brasil: um novo roteiro”, previsto para às 4h30 (horário de Brasília). O debate tratará da desaceleração econômica global e dos desafios sobre as demandas domésticas. No dia seguinte, Haddad participará do evento para falar sobre as diversas lideranças na América Latina, das políticas econômicas e do papel global da região, em painel às 11h15 (horário de Brasília).
Já Marina, por sua vez, deve tratar sobretudo da Amazônia, que deixou em alerta as autoridades internacionais ao longo do governo Bolsonaro. Ela foi apresentada pelo fórum com grande destaque e deve assumir o primeiro debate, “Em harmonia com a natureza”, às 14h30, logo após a cerimônia de abertura do Fórum. A ministra volta ao palco na quinta (19), às 13h30 (horário de Brasília), para falar no painel “A Amazônia em uma encruzilhada”. Haddad e Marina também devem participar de uma agenda conjunta na terça, por volta das 9h, e travar conversas com os presidentes da Colômbia, Gustavo Petro, e do Equador, Guilherme Lasso.
Além da delegação federal, também estarão no encontro os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Helder Barbalho (MDB-PA) e Eduardo Leite (PSDB-RS), empresários e representantes de organizações sociais. Entre elas, o fundador do MapBiomas, Tasso Azevedo, o pesquisador e especialista em meio ambiente Carlos Nobre e a presidente do Instituto Igarapé, Ilona Szabó de Carvalho.
Temor sobre recessão global
O tema desta edição, de acordo com o fórum, em nota, trata de “um incentivo ao diálogo e à cooperação em um momento em que múltiplas crises dividem as sociedades e fragmentam o cenário geopolítico”. “As lideranças precisam lidar com as necessidades imediatas e cruciais da população ao mesmo tempo em que armam as bases para um mundo mais sustentável e resiliente até o fim desta década”, afirma.
Há um forte temor com uma recessão global iminente e com as ameaças ambientas, segundo a organização de Davos. Ela realizou uma pesquisa que aponta que dois terços de economistas-chefes dos setores públicos e privados – 18% –, entrevistados pelo fórum, indicam como “extremamente provável” uma recessão. Mais do que o dobro da pesquisa anterior, realizada em setembro de 2022.
“A atual inflação alta, baixo crescimento, dívida elevada e ambiente de alta fragmentação reduzem os incentivos para os investimentos necessários para voltar ao crescimento e elevar os padrões de vida dos mais vulneráveis do mundo”, disse a diretora executiva do Fórum Econômico Mundial, Saadia Zahidi, em comunicado que acompanha os resultados da pesquisa divulgada nesta segunda.
Fórum Social Mundial
Em paralelo ao encontro em Davos, os movimentos sociais e as centrais sindicais realizam, entre os dias 23 e 28, o Fórum Social Mundial, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Realizado desde 2001 em contraponto à agenda neoliberal e capitalista do Fórum Econômico Mundial, o encontro regional, que reúne também autoridades de todo o mundo, terá como tema “Um outro mundo possível. Democracia, direitos dos povos e do planeta”.
O evento marcará a resistência do povo brasileiro após a posse de Lula e abrirá mais um ano de luta contra o fascismo, o racismo, as desigualdades e o patriarcado. As atividades autogestionadas poderão ser presenciais, híbridas ou virtuais. E as inscrições já estão sendo realizadas neste link.
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